REBECA RODRIGUES

“A hierarquia advocatícia que não ensina está criando uma geração de copistas, não de advogados.”
Enquanto o mercado jurídico repete que “sempre foi assim”, escritórios perdem clientes por excesso de formalismo em tarefas simples. A tradição sozinha não justifica práticas que confundem mais do que esclarecem.
> A pergunta que nenhum sócio quer responder: Por que mantemos processos que todos sabem que não funcionam?<
Três Verdades Inconvenientes
1. Profissionais jovens enxergam falhas que a rotina tornou invisíveis
Quem está chegando percebe o óbvio: linguagem que confunde os clientes, processos que se repetem sem necessidade e pequenas ineficiências que viram grandes problemas. O “olhar fresco” não é inexperiência, é perspectiva.
2. Idade não determina competência, mas preparação e seriedade sim
Algumas pessoas assumem que advogados jovens não têm capacidade. Nossos clientes já descobriram que dedicação, estudo obsessivo e responsabilidade com cada detalhe entregam mais que anos de piloto automático.
3. Minha geração traduz complexidade em clareza sem perder profundidade
Acredito em unir tecnologia com sensibilidade humana. Automatizar o repetitivo para focar no estratégico. E falar a língua do cliente sem infantilizar o direito.
Direito – PUC Minas
Grossi Law – onde questionamento é valorizado
Compenso tempo com disciplina e curiosidade obsessiva
Entrego excelência porque não tenho vícios para desaprender
Advogada, graduada em direito pela PUC Minas. Desde cedo, sempre tive aquela inquietação de quem não se satisfaz com respostas superficiais. A vontade de aprender, questionar e estar ao lado de quem precisa foi me guiando até perceber que o Direito não era apenas uma escolha profissional, mas parte de quem eu sou.
Ao longo da graduação, busquei experiências que me aproximasse da prática, participei de estágios onde pude entender de perto a dinâmica da Justiça. Além disso, procurei investir em cursos e formações que me ajudassem a desenvolver não só a técnica, mas também a sensibilidade necessária para lidar com pessoas e situações complexas. Entendo a advocacia como uma soma entre empatia e preparo: estar próximo das pessoas, sem abrir mão da qualidade e da confiança em cada passo do trabalho.
Mesmo ainda vivendo o início da minha trajetória, sou movida pela vontade de aprender, de me desafiar e de oferecer o meu melhor em tudo o que faço. Quando cheguei à Grossi Law há pouco mais de um ano, encontrei um espaço que traduz muito do que sempre busquei: desafios que me tiram da zona de conforto, oportunidades de aprendizado diário e, principalmente, a chance de contribuir com dedicação em cada detalhe.
Perguntas exploratórias:
> TENSÃO DE JÚNIOR: COMO CONCILIAR [INEXPERIÊNCIA] COM [RESPONSABILIDADE REAL?
Sei que ainda tenho muito a aprender e que nem sempre vou ter todas as respostas de imediato, mas isso me faz buscar com mais cuidado e atenção. A responsabilidade não me assusta, pelo contrário, me orienta. Com isso, quando enfrento algo novo, procuro dividir em passos menores, busco referências, peço orientação a quem já passou por situações parecidas e absorvo cada aprendizado. No fim, a responsabilidade me ajuda a crescer com paciência, sem deixar de lado a dedicação em cada detalhe.
> ERRO QUE VOCÊ VÊ: O QUE ADVOGADOS EXPERIENTES FAZEM POR HÁBITO QUE NÃO FAZ SENTIDO?
A tradição, sozinha, não justifica manter práticas que já não funcionam tão bem. Muitas vezes percebo o excesso de formalismo em tarefas simples que dificultam a compreensão do cliente ou até certa resistência em adotar ferramentas tecnológicas que facilitam o dia a dia. No escritório, sempre falamos sobre não nos nivelar por baixo e a questionar quando algo é feito apenas pelo “sempre foi assim”. Para mim, faz sentido buscar formas mais claras, ágeis e organizadas de trabalhar, sem perder o cuidado que a advocacia exige.
> OPINIÃO IMPOPULAR: O QUE VOCÊ, COMO JÚNIOR, ENXERGA QUE SENIORES NÃO VEEM?
Quem está chegando agora acaba percebendo detalhes que, com o tempo, a rotina tende a suavizar. Por vezes noto pequenas falhas de processo, uma linguagem que pode confundir o cliente ou situações que se repetem sem necessidade. Procuro trazer esse “olhar fresco” com respeito, porque acredito que sinalizar cedo ajuda a evitar retrabalho e fortalece a estratégia como um todo.
> SEU VALOR REAL: POR QUE UM CEO DEVERIA CONFIAR EM ALGUÉM COM 1 ANO DE EXPERIÊNCIA?
Acredito que confiança não se mede apenas pelo tempo de estrada, mas pela forma como lidamos com cada responsabilidade. Procuro compensar minha experiência inicial com disciplina, curiosidade e muito empenho em aprender para aplicar de forma eficiente ao trabalho. Preparo o que for necessário, executo com cuidado e tenho como premissa entregar um excelente serviço ao cliente. No fim, o que ofereço é compromisso verdadeiro com o resultado e a tranquilidade de que podem contar comigo em cada detalhe.
> PERGUNTA NÃO FEITA: O QUE CLIENTES ASSUMEM SOBRE ADVOGADOS JOVENS (E ESTÃO ERRADOS)?
Muitas vezes, há a ideia de que um profissional jovem não possui capacidade para atender aos interesses do cliente tão somente pela idade. Mas, acredito que o que realmente se torna um divisor entre essa ideia e um bom trabalho efetivamente realizado é a seriedade com que se encara cada caso. Procuro sempre me preparar, estudar e me atualizar para que o cliente sinta confiança no serviço prestado. E, com o tempo, ele percebe que dedicação, cuidado e responsabilidade não dependem de anos de carreira, mas da forma como se trabalha.
> DIFERENCIAL GERACIONAL: O QUE SUA GERAÇÃO FAZ MELHOR NO DIREITO?
Entendo que a minha geração tem a capacidade de traduzir a complexidade do Direito em algo mais acessível e palpável, unindo linguagem clara e tecnologia. Somos naturalmente próximos de ferramentas colaborativas e automações, o que traz mais agilidade e organização ao trabalho. Mas, ao mesmo tempo, sabemos equilibrar isso com a sensibilidade humana que a advocacia exige, tanto no contencioso quanto na consultoria.
> MUDANÇA NECESSÁRIA: O QUE PRECISA MORRER NA HIERARQUIA ADVOCATÍCIA?
Acredito que uma hierarquia que é omissa, tende a não ensinar. O aprendizado se TEXTO INCOMPLETO