KESSIA RAMOS
“O direito civil brasileiro trata pessoas como contratos e contratos como pessoas”
Enquanto o mercado debate cláusulas, geralmente se ignora que toda relação jurídica é primeiro uma relação humana. Passamos décadas criando teorias sobre responsabilidade civil mas esquecemos de perguntar: responsabilidade perante quem?
> A pergunta que nenhum cliente quer responder: Sua estratégia jurídica considera a dimensão ética ou apenas a técnica?<
Três Verdades Inconvenientes
1. Academia não está distante da prática, mas o mercado é que despreza a profundidade
Mestres e Professores que advogam são raros porque o mercado prefere velocidade à reflexão. Até precisarem de alguém que entenda a filosofia por trás da norma, não só o artigo.
2. Procuradoria ensina o que escritórios não ensinam: pensar como sistema
Dois anos defendendo o município revelam como as instituições operam, decidem e erram. Esse conhecimento sistêmico é impossível de adquirir só na advocacia privada.
3. Direito de família sem filosofia vira contabilidade de mágoas
Sucessões viram guerra, divórcios viram vingança. A ausência de reflexão profunda, atenta e humanizada transforma o direito civil em instrumento de destruição familiar.
Mestra UFMG • Especialista em Filosofia do Direito PUC
Ex-Procuradora Coronel Fabriciano (2021-2023)
Família • Sucessões • Societário • Responsabilidade Civil
Pesquisadora em Bioética e Direitos Humanos – UFJF
Transformo teoria em estratégia, filosofia em solução