BERNARDO GROSSI

“Empresas gastam muito em compliance reativo quando deveriam investir em governança preventiva.”
20 anos vendo o mesmo filme: empresas que ignoram um risco emergente, vêem a regulação chegar e imediatamente correm para se adequar gastando 10x mais do que a prevenção. Aconteceu com LGPD, está acontecendo com IA, vai acontecer com o próximo tema que ainda nem sabemos qual é. A nossa batalha é cultural.
> A pergunta que nenhum CEO quer responder: Quanto você investe em antecipar regulação versus quanto gasta remediando multas? <
Três Verdades Inconvenientes
1. Universidades americanas ensinam o que o Brasil ignora:
Teoria sem prática é fantasia Harvard, Penn, Virginia mostram que pesquisa acadêmica de excelência deve servir ao mercado. Aqui, a academia despreza empresa e a empresa despreza a academia. Nosso escritório é o ponto de convergência, um hub de excelência jurídica.
2. Direito sem ciência vira tecnocracia e por isso petições não mudam jurisprudência
Advogados copiam modelos e dialogam com IAs achando que ganham casos dessa maneira. O debate qualificado com base científica transforma realidades e cria precedentes.
3. A próxima revolução já chegou.
A governança de IA não é futuro, é atraso atual 100% das empresas tradicionais implementam IA sem controle formal. Quando a regulação chegar (e vai chegar) o compliance retroativo custará mais que a transformação digital inteira.
Doutor e Mestre PUC Minas • Extensões: Harvard, Penn, Virginia
Advogado Mais Admirado (2018-2023) • 9 livros publicados
Professor desde 2006 – ensino o que pratico
Fundador da Comissão de Proteção de Dados OAB/MG (antes da moda)
20 anos criando soluções no tempo dos negócios, não dos tribunais
Perguntas exploratórias:
> PARADOXO CENTRAL
Como conciliar a velocidade da transformação digital com a lentidão do Judiciário brasileiro? A velocidade das empresas nunca é a mesma dos tribunais. Precisamos criar sistemas e soluções que dêem respostas no tempo dos negócios.
> ERRO SISTÊMICO
Após 20 anos vendo empresas no STJ/STF: qual é o erro estratégico que transforma uma questão simples em recurso especial milionário?
> CONVICÇÃO IMPOPULAR
Você estudou em Harvard, Penn, Virginia – o que aprendeu lá que o establishment jurídico brasileiro se recusa a aceitar? Em universidades estrangeiras há uma grande conciliação entre o conhecimento e a pesquisa acadêmicos com a experiência empresarial. Por aqui, isso geralmente é subestimado. Nosso escritório é estruturado como um centro de excelência em que a pesquisa de excelência constitui o ponto de partida.
> PITCH PARA CEO
O que você entrega que justifica um CEO pagar seu honorário em vez de contratar um escritório de 500 advogados? Experiência e visão sistêmica aliados ao rigor científico, algo que somente a experiência e a obsessão pela perfeição constroem.
> PERGUNTA AUSENTE
Você fundou a Comissão de Proteção de Dados antes da LGPD virar moda. Qual é a próxima revolução legal que as empresas ignoram hoje mas vão pagar caro amanhã? A LGPD já se tornou uma realidade. O próximo passo é a governança da inteligência artificial nas organizações, especialmente naquelas mais tradicionais onde muitas soluções são implementadas sem controle formal.
> MEDIOCRIDADE VS EXCELÊNCIA
Você é doutor, autor, professor – mas também advoga. O que separa o acadêmico que faz petições do advogado que muda jurisprudência? A dicotomia entre o advogado que leciona e o professor que advoga sempre me acompanhou. Entretanto, sou por natureza um advogado que vivencia cada detalhe da profissão na minha vida. O Direito, enquanto ciência social aplicada, não se dissocia da teoria sob pena de se tornar uma tecnocracia. E é por isso que nosso debate qualificado transforma realidades e tem o potencial de mudar a jurisprudência, sempre que necessário.
> REVOLUÇÃO NECESSÁRIA
Se pudesse reescrever uma única súmula do STJ ou STF baseado nos seus 20 anos de prática, qual seria e por que o sistema resistiria? Eu reescreveria a Súmula Vinculante 13 (nepotismo). Não porque entendo que o nepotismo deveria ser liberado, muito pelo contrário. Essa súmula veda a nomeação de parentes na administração pública, mas sua redação acabou permitindo que governadores, prefeitos e ministros possam contornar a sua vedação. Penso que à qualquer autoridade deveria ser proibida a nomeação de parentes, assegurando um grau maior de moralidade. Mas me parece claro que o sistema iria resistir a essa ideia.
Conheçaalguns dos meus livros.








