Grossi.Law - Kessia Ramos

KESSIA RAMOS

Mestra em Direito (UFMG), Pós-Graduada em Filosofia do Direito (PUC Minas). Ex-Procuradora Municipal.

kessia@grossi.law

Grossi Law

O direito civil brasileiro trata pessoas como contratos e contratos como pessoas.

Três diagnósticos de quem une academia, procuradoria e advocacia privada:

1. O paradoxo da superficialidade jurídica

O mercado prefere velocidade à reflexão até precisar de alguém que entenda a filosofia por trás da norma, não só o artigo. Academia não está distante da prática. O mercado é que despreza profundidade. Mestres que advogam são raros porque o sistema recompensa a pressa, não o pensamento.

2. A vantagem sistêmica da experiência pública

Dois anos defendendo município revelam como instituições operam, decidem e erram. Procuradoria ensina o que escritórios não ensinam: pensar como sistema. Esse conhecimento da máquina pública é impossível de adquirir só na advocacia privada.

3. A desumanização do direito civil

Direito de família sem filosofia vira contabilidade de mágoas. Sucessões viram guerra, divórcios viram vingança. Toda relação jurídica é primeiro uma relação humana. Passamos décadas criando teorias sobre responsabilidade civil mas esquecemos: responsabilidade perante quem?